Dias Litúrgicos

Domingo de Páscoa: “O Senhor ressurgiu. Aleluia, aleluia!”

Feliz Páscoa, no Senhor Jesus!

“O Senhor ressurgiu. Aleluia, aleluia!”
(Invitatório de Páscoa, na Liturgia das Horas, antes das Laudes)

 

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17.04.2017

Chamado de amor e conversão do Coração Doloroso e Imaculado de Maria

 

Queridos filhos: convido-os a que abram seus corações para alegria da Páscoa do Senhor.

Ele ressuscitou, mas já não de um sepulcro cavado em uma rocha.

  • Ele ressuscitou do sepulcro no mundo;
  • da morte;
  • do pecado,
  • do domínio da maldade.

Ele, Jesus,

  • ressuscita como vencedor da morte,
  • do demônio,
  • do pecado.
  • Ele ressuscita
  • como sinal de amor por vocês,
  • para permanecer com vocês.

Jesus ressuscita

  • para dar vida;
  • Vida eterna;
  • Vida abundante.

Deixem, queridos filhos,

  • que a rocha nos corações sejam removidas
  • para que recebam a luz
  • de Jesus Ressuscitado.

Que todos vocês, queridos filhos,

  • como Meus pequenos apóstolos,
  • dêem testemunho do amor de Deus
  • que nunca morre,
  • que nunca acaba,
  • senão, que é um Amor constante e eterno.

Demonstrem com a oração e com as obras o Amor de Jesus que ressuscitou.

Como Mãe da Páscoa dou-lhes Minha Benção Maternal: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

 

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MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA JOÃO PAULO II
PARA A PÁSCOA DE 1982

PDF

1. Victimae paschali laudes immolent Christiani — Os cristãos entoem louvores ao (seu) Cordeiro Pascal.

Cristãos da Urbe e do Orbe:

Nesta hora solene, faço-vos um apelo e convido-vos — onde quer que vos encontreis — a render homenagem de veneração a Cristo Ressuscitado: a Vítima Pascal da Igreja e do mundo!

Que todas as comunidades do Povo de Deus se unam neste acto de culto, do nascer do sol até ao crepúsculo; e que estejam connosco todos os homens de boa vontade! Este dia é, de facto, o dia que o Senhor fez!

Agnus redemit oves... — o Cordeiro (Cristo) remiu as ovelhas…

2. É este o dia em que se decidiu a eterna batalha:

mors et vita duello conflixere mirando! (a morte e a vida travaram um combate singular!).

Desde o princípio, entre a vida e a morte trava-se uma luta; trava-se no mundo uma batalha entre o bem e o mal. Hoje a balança pende a favor de uma parte: a Vida leva vantagem; o Bem leva vantagem. Cristo crucificado ressuscitou do túmulo; fez pender a balança a favor da Vida. Enxertou novamente a vida no terreno das almas humanas. A morte tem as suas limitações. Cristo abriu um horizonte de grande esperança: a esperança da Vida, para além da esfera da morte.

Dux vitae mortuus regnat vivus! (O Senhor da vida morre; mas ei-lo vivo, a reinar).

3. Passam os anos, passam os séculos.

Está-se no ano de 1982. O Cordeiro Pascal continua a ser como a videira enxertada no terreno da humanidade. No mundo continuam a lutar o bem e o mal. Lutam a vida e a morte; lutam o pecado e a graça.

É o ano de 1982. Devemos pensar, com inquietude, no rumo para o qual se vai dirigindo o mundo contemporâneo: Tendo lançado raízes profundamente na humanidade dos nossos tempos, as estruturas do pecado — uma como que vasta ramificação do mal — parecem querer ofuscar o horizonte do Bem.

Elas parecem até ameaçar a destruição do homem e da terra.

Quão dolorosamente sofrem os homens: pessoas individualmente, famílias, a sociedade inteira! Mors et vita duello conflixere mirando! (A morte e vida travam um combate singular!).

Neste dia do Sacrifício Pascal não nos é permitido esquecer nenhum daqueles que sofrem.

Também para eles é dia de Páscoa!

Todas as vítimas da injustiça, da crueldade humana e da violência, da exploração e do egoísmo se encontram no próprio coração do Cordeiro Pascal.

Todos os milhões e milhões de seres humanos ameaçados pelo flagelo da fome, que poderia ser afastado ou diminuído, se a humanidade se dispusesse a renunciar, mesmo que fosse a uma parte somente dos recursos que loucamente despende nos armamentos.

Também para eles é dia de Páscoa!

4. Cordeiro Pascal!

Vós que conheceis todos os nomes do mal muito melhor do que qualquer pessoa que os possa designar ou elencar: abraçai todas as vítimas contra o vosso coração!

Cordeiro Pascal, Cordeiro crucificado! Redentor! Agnus redemit oves.

Ainda que — na história do homem, dos indivíduos, das famílias, da sociedade e, por fim, da humanidade inteira — o mal se tivesse desenvolvido de uma forma descomunal, chegando mesmo a ofuscar o horizonte do bem, ainda assim, ele jamais Vos superaria!

Não mais vos atingirá a morte!

Cristo ressuscitado já não morre!

É mesmo que na história do homem — e nos tempos em que nos é dado viver — se potencializasse o mal; mesmo que humanamente se deixasse de vislumbrar a via de retorno a um mundo onde o homem viva em paz e na justiça — ao mundo do amor social,

— ainda que humanamente não se visse a passagem,

— ainda que se enfurecessem os poderes das trevas e as forças do mal, Vós, Vítima pascal. Vós, Cordeiro sem mancha, Redentor,

Vós já alcançastes a vitória! A vossa Páscoa é passagem!

Vós já alcançastes a vitória! E dela fizestes a nossa vitória! O conteúdo pascal da vida do vosso Povo.

5. Agnus redemit oves. (O Cordeiro — Cristo — remiu as ovelhas).

Christus innocens Patri reconciliavit peccatores. (Cristo, inocente, reconciliou com o Pai os pecadores).

O mal nunca se reconciliará com o bem. Mas os homens, os homens pecadores, os homens atingidos pelo mal — e, por vezes, mesmo profundamente macerados pelo mal — esses reconciliou-os Cristo com o Pai.

Hoje festejamos a Ressurreição! Hoje festejamos a Reconciliação.

O mistério da Ressurreição permanece no próprio coração de cada morte humana. O mistério da Ressurreição permanece no coração das multidões, no coração de multidões inumeráveis: das Nações, das diversas línguas, raças, culturas e religiões. O Mistério Pascal da Reconciliação permanece na profundidade do mundo humano. E de lá ninguém o arrancará!

6. A alegria pascal continua a estar perturbada por situações de tensão ou de conflito nalgumas partes do mundo; primeira dentre todas a guerra desgastante que de há tempos se encanzina entre o Iraque e o Irão e que já acarretou tantos sofrimentos aos dois Povos nela envolvidos. Ultimamente, veio juntar-se a grave tensão entre duas Nações de tradição cristã, a Argentina e a Grã-Bretanha, com perda de vidas humanas e com a ameaça de um conflito armado e com terríveis repercussões internacionais.

Faço ardentes votos e um apelo particularmente premente às partes em causa, para que procurem, com empenho responsável e com toda a boa vontade, as vias para uma composição pacífica e honrosa da contenda, enquanto ainda é tempo para prevenir um choque sanguinolento.

Paz! Paz na justiça, paz no respeito pelos princípios fundamentais universalmente reconhecidos e afirmados pelo direito internacional, na compreensão mútua! Que as orações de todos suscitem e apoiem o esforço que se impõe por parte dos responsáveis de ambos os directamente implicados e de quantos houverem de interpor os seus amigáveis auxílios para se chegar à desejada pacificação.

7. Irmãos e Irmãs!

De todas as Nações e Povos, línguas, raças, culturas e religiões, Países e continentes!

O nosso mundo humano acha-se impregnado pela Ressurreição! O nosso mundo humano acha-se transformado pela Reconciliação: Agnus redemit oves (O Cordeiro — Cristo — remiu as ovelhas).

Dirijo-me a todos. Convido a todos a adorarem juntamente com o Servo dos Servos de Deus a Vítima Pascal! A encontrarem a luz nas trevas! A esperança por entre os sofrimentos!

Surrexit Dominus vere! (O Senhor ressuscitou verdadeiramente).

© Copyright – Libreria Editrice Vaticana
Fonte: Vaticano
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Segunda leitura

Dos Sermões de São Gregório de Nissa, bispo

(Oratio 1 in Christi resurrectionem: PG 46, 603-606.626-627)

(Séc.IV)

[De Liturgia das Horas – 5a. Semana do Tempo Pascal –– Segunda Leitura – Sobre a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo]

 

O primogênito da nova criação

“Começou o reino da vida e foi dissolvido o império da morte. Apareceu um novo nascimento, uma vida nova, um novo modo de viver; a nossa própria natureza foi transformada. Que novo nascimento é este? É o daqueles que não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13).

Tu perguntas: como isto pode acontecer?

Escuta-me, vou te explicar em poucas palavras.

Este novo ser é concebido pela fé;

  • é dado à luz pela regeneração do batismo;
  • tem por mãe a Igreja que o amamenta com sua doutrina e tradições.
  • Seu alimento é o pão celeste;
  • sua idade adulta é a santidade;
  • seu matrimônio é a familiaridade com a sabedoria;
  • seus filhos são a esperança;
  • sua casa é o reino;
  • sua herança e riqueza são as delícias do paraíso;
  • seu fim não é a morte,
  • mas aquela vida feliz e eterna
  • que está preparada para os que dela são dignos.

Este é o dia que o Senhor fez para nós (Sl 117,24), dia muito diferente daqueles que foram estabelecidos desde o início da criação do mundo e que são medidos pelo decurso do tempo.

Este dia é o início de uma nova criação.   

  • Nele Deus faz um novo céu e uma nova terra,
  • como diz o Profeta.

Que céu é este?

  • Seu firmamento é a fé em Cristo.

E que terra é esta?

  • O coração bom, 
  • de que fala o Senhor,
  • é a terra que absorve a água das chuvas
  • e produz frutos em abundância.

O sol desta nova criação é uma vida pura;

  • as estrelas são as virtudes;
  • a atmosfera é um comportamento digno;
  • o mar é a profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência (Rm 11,33).
  • As ervas e as sementes são a boa doutrina e a Escritura divina,
  • onde o rebanho, isto é, o povo de Deus,
  • encontra sua pastagem e alimento;
  • as árvores frutíferas são a prática dos mandamentos.

Neste dia, o verdadeiro homem é criado à imagem e semelhança de Deus.

  • Não é, porventura, 
  • um novo mundo que começa para ti neste dia que o Senhor fez?
  • Não diz o Profeta que esse dia e essa noite
  • não têm igual entre os outros dias e noites?

Mas ainda não explicamos o dom mais precioso que recebemos neste dia de graça.

  • Ele destruiu as dores da morte
  • e deu à luz o primogênito dentre os mortos.

Subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus (Jo 20,17), diz o Senhor Jesus.

Que notícia boa e maravilhosa!

O Filho Unigênito de Deus,

  • que por nós se fez homem,
  • a fim de nos tornar seus irmãos,
  • apresenta-se como homem diante de seu verdadeiro Pai,
  • para levar consigo todos os novos membros da sua família.”

Fonte: Liturgia das Horas.org

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