
9 de fevereiro de 2023 – CHAMADO DE AMOR E CONVERSÃO DA BEATA CATARINA EMMERICH
Audio da Mensagem – Voz de Manoel de Jesus:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro Eucarístico!
Apóstolos de Jesus e de Maria:
Estes Dois Corações são as Duas Lâmpadas que o Pai Misericordioso, em sua Divina Providência, fez brilhar para toda a humanidade, quer dizer, são suas Duas Testemunhas.
Almas: as Devoções do Apostolado o Pai Terno e Misericordioso, Deus Espírito Santo e os Sagrados Corações Unidos de Jesus e Maria entregaram promessas de amor para a conversão e a salvação das almas.
As Devoções do Apostolado são um Hino de Amor entregue pelo próprio Céu a todos. E vocês, almas, quando rezam as Devoções do Apostolado estão entoando esses Hinos de Amor dados pela Santíssima Trindade e pelo Doloroso e Imaculado Coração de Maria .
As Devoções do Apostolado são hinos escritos no Céu para que as almas os entoem na terra. Não se cansem de orar as Devoções do Apostolado. São as orações entregues pelas Duas Testemunhas, pelos Dois Corações, para estes Últimos Tempos.
Amem as devoções que Jesus e Maria lhes entregaram, porque nestas devoções, a Mãe e o Filho se entregam totalmente a vocês. E por meio destas Devoções do Apostolado, vocês se entregam totalmente aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Eu, Catarina Emmerich, intercedo para que possam compreender este tesouro espiritual que lhes foi dado nas Devoções do Apostolado.
Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ave María Puríssima, sem pecado original concebida.
ANA CATARINA EMMERICK (1774-1824)
Ana Catarina Emmerick nasceu no dia 8 de Setembro de 1774, na comunidade de camponeses de Flamschen (Alemanha).
Desde a mais tenra infância sentiu-se atraída de modo particular pela oração e pela vida religiosa. Deste modo, ainda adolescente expressou o desejo de entrar num mosteiro, a fim de viver exclusivamente para o Senhor. Em 1802 entrou na comunidade de Agnetenberg e, já no ano seguinte, pronunciou os votos. Por causa da sua origem pobre, no início era pouco considerada pelas outras religiosas do mosteiro, mas Ana suportava tudo em silêncio.
Em 1811, em virtude do movimento de secularização, o seu mosteiro foi suprimido. Ana abandonou a comunidade e foi recebida como empregada doméstica na casa de um sacerdote francês. Nesse período, recebeu os estigmas, que lhe provocavam dores atrozes.
Uma característica especial da sua vida foi o amor pelas pessoas. Interessava-se sempre pelas necessidades das pessoas que a visitavam, encorajando-as e confortando-as nas dificuldades. De todas as personalidades que a visitaram nesses anos, de particular significado foi o encontro com Clemens Brentano que de 1818 a 1823 visitou a religiosa quotidianamente para descrever as suas visões, que depois publicou.
No Verão de 1823, a religiosa debilitou-se ainda mais, mas uniu as suas dores ao sofrimento de Jesus, oferecendo-as pela redenção de toda a humanidade. Ana Catarina faleceu no dia 9 de Fevereiro de 1824 e ainda hoje continua a indicar-nos o centro da nossa fé cristã, o segredo da Cruz.
A vida desta religiosa distinguiu-se por uma profunda união com Jesus Cristo. De facto, ela participou tão intimamente nas dores de nosso Senhor, que não é exagerado dizer que viveu, sofreu e morreu por Ele.
Além disso, nutriu sempre uma profunda e sincera devoção por Maria, que pode ser resumida nesta frase, por ela recitada em forma de oração: “Ó, meu Deus, permiti-nos servir a obra da Redenção, seguindo o modelo da fé e do amor de Maria”.
Fonte: Vaticano
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CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
PARA A PROCLAMAÇÃO DE CINCO NOVO BEATOS
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
Domingo, 3 de Outubro de 2004
1. “Verbum Domini manet in aeternum A Palavra do Senhor permanece para sempre”. A exclamação da Aclamação ao Evangelho leva-nos até aos próprios fundamentos da fé. Diante do tempo que passa e das contínuas transformações da história, a revelação que Deus nos ofereceu em Cristo permanece estável para sempre e, ao longo do nosso caminho terrestre, abre um horizonte de eternidade.
Foi o que experimentaram de maneira singular os cinco novos Beatos: Pedro Vigne, José Maria Cassant, Ana Catarina Emmerick, Maria Ludovica De Angelis e Carlos da Áustria. Eles deixaram-se orientar pela Palavra de Deus como por um farol luminoso e seguro, que jamais cessou de iluminar o seu caminho.
2. Contemplando Cristo presente na Eucaristia e na Paixão salvífica, o Padre Pedro Vigne foi levado a tornar-se um discípulo autêntico e um missionário fiel à Igreja. Que o seu exemplo incuta nos fiéis o desejo de haurir do amor pela Eucaristia e da adoração do Santíssimo Sacramento a audácia pela missão! Peçamos-lhe que sensibilize o coração dos jovens, para que eles aceitem, se forem chamados por Deus, consagrar-se totalmente a Ele no sacerdócio ou na vida religiosa. Que a Igreja na França encontre no Padre Pedro um modelo, para que sejam suscitados novos semeadores do Evangelho.
3. O Padre José Maria depositou sempre a sua confiança em Deus, na contemplação do mistério da Paixão e na união com Cristo presente na Eucaristia. Assim, ele impregnava-se do amor de Deus, abandonando-se a Ele, “a única felicidade da terra”, e desapegando-se dos bens do mundo, no silêncio da Trapa. No meio das provações, com o olhar fixo em Cristo, oferecia os seus sofrimentos pelo Senhor e pela Igreja. Possam os nossos contemporâneos, especialmente os contemplativos e os doentes, descobrir no seu exemplo o mistério da oração, que eleva o mundo a Deus e que revigora nos momentos de prova!
4. “Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de bom senso” (2 Tm 1, 7). Estas palavras de São Paulo convidam-nos a colaborar na edificação do Reino de Deus, a partir da perspectiva da fé. E elas podem ser perfeitamente aplicadas à vida da Beata Ludovica De Angelis, cuja existência foi consagrada inteiramente à glória de Deus e ao serviço dos seus semelhantes.
Na sua figura sobressaem um coração de mãe, as suas qualidades de líder e a audácia própria dos santos. Ela tinha um amor concreto e generoso pelas crianças enfermas, e enfrentava sacrifícios para as consolar; juntamente com os seus colaboradores, no Hospital de La Plata, constituiu um modelo de alegria e de responsabilidade, criando um ambiente de família; para as suas Irmãs de comunidade, foi um exemplo autêntico, como Filha de Nossa Senhora da Misericórdia. Em tudo ela foi sustentada pela oração, e chegou a fazer da sua vida uma comunicação contínua com o Senhor.
5. A Beata Ana Catarina Emmerick gritou “a dolorosa Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo” e viveu-a no seu próprio corpo. É uma obra da graça divina, o facto de que a filha de pobres camponeses, que buscou com tenacidade a proximidade de Deus, se tenha tornado a conhecida “Mística da região de Monastério”. A sua pobreza material contrapõe-se a uma rica vida interior. Ficamos impressionados quer com a sua paciência em suportar a debilidade física, quer com a força da índole da nova Beata e com a sua estabilidade na fé.
Ela hauria esta força da Santíssima Eucaristia. O seu exemplo abria os corações dos pobres e dos ricos, das pessoas simples e instruídas, à dedicação amorosa a Jesus Cristo.
Ainda hoje ela continua a transmitir a todos a mensagem da salvação: todos nós fomos curados pelas chagas de Cristo (cf. 1 Pd 2, 24).
6. A tarefa decisiva do cristão consiste em buscar, reconhecer e seguir a vontade de Deus em tudo. O homem de Estado e cristão Carlos da Áustria enfrentava este desafio quotidianamente. Aos seus olhos, a guerra manifestava-se como “algo horrível”. Durante os tumultos da primeira guerra mundial, ele procurou promover a iniciativa de paz do meu predecessor Bento XV.
Desde o início, o Imperador Carlos concebeu o cargo que ocupava como um serviço sagrado aos seus povos. A sua principal preocupação consistia em seguir a vocação do cristão à santidade também na sua acção política. Por este motivo, o seu pensamento estava orientado para a assistência social. Que ele constitua um exemplo para todos nós, sobretudo para aqueles que hoje ocupam lugares de responsabilidade política na Europa.
7. Juntamente com a Igreja inteira, louvemos e demos graças ao Senhor pelas maravilhas que Ele realizou nestes servos bons e fiéis do Evangelho. Maria Santíssima, que durante este mês de Outubro nós invocamos de modo particular com a recitação do Rosário, nos ajude a tornar-nos, por nossa vez, apóstolos generosos e corajosos do Evangelho.
Amém!
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