Créditos do Vídeo: Vatican News
1 – Primeira Pregação da Quaresma 2024 – Card. Raniero Cantalamessa – “1 – O que vocês estão procurando?”
A reflexão do Cardeal
A sua reflexão se concentra na pergunta: “O que vocês estão procurando?” Lembrem-se da sequência. Eles responderam: “Mestre, onde você mora?”. E ele disse: “Venham e vocês verão!” (Jo 1, 38-39). Mas, neste momento, nos interessa apenas a pergunta de Jesus: “O que vocês estão procurando? Você já fez a si mesmo, irmão ou irmã ouvinte, a pergunta: “O que estou buscando na vida? Se não encontrar a resposta imediatamente, vou sugeri-la a você. Você busca o que todos buscam: felicidade! Antes de Freud, Santo Agostinho já tinha entendido isso: “Todos nós”, dizia, “queremos ser felizes! Mas, ao contrário de Freud, ele também dava a razão para esse “impulso” universal: ‘Tu nos fizeste para ti’, diz ele a Deus no início das suas Confissões, ‘e o nosso coração fica inquieto até que repouse em ti’. Examine-se, irmão ou irmã, e veja se a explicação para tantas das suas tristezas e inquietações não reside precisamente aqui, isto é, em ter procurado água em cisternas rachadas, e não na fonte de água viva que é Deus (cf. Jeremias 2, 13)”.
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
Créditos do Vídeo: Vatican News
2 – Segunda Pregação da Quaresma 2024 – Card. Raniero Cantalamessa – Uma só coisa é necessária
A reflexão do Cardeal
As palavras de Jesus no Evangelho são de altíssimo “teor”. Devem ser saboreadas em gotas. A “gota” de hoje é a palavra que Jesus disse a Marta atarefada em muitas coisas: “Marta, Marta! Uma só coisa é necessária” (Lucas 10, 42).
Esta palavra agora é dirigida a cada um de nós. Uma só coisa é necessária! Se tiver esta única coisa, tem tudo, se não tiver, não tem nada. O que é esta única coisa necessária a deixarei dizer por um grande filósofo e fiel do século XIX, Søren Kierkegaard, para que não se pense que o dizemos só nós pregadores.
“Fala-se muito de vidas desperdiçadas. Mas desperdiçada é somente a vida daquele homem, e eu acrescento daquela mulher, que assim a deixava passar enganado pelas alegrias da vida e suas preocupações, jamais percebeu que existe um Deus e que ele, exatamente ele, está diante deste Deus”. O que é a única coisa necessária, porém, Jesus a tinha dito primeiro com duas parábolas. É o tesouro escondido pelo qual vale a pena vender tudo; é a pérola preciosa pela qual convém desfazer-se de todas as pérolas. A única coisa necessária é o Reino de Deus, isto é, Deus!
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
Créditos do Vídeo: Vatican News
3 – Terceira Pregação da Quaresma 2024 – Card. Raniero Cantalamessa: Tu crês?
A reflexão do Cardeal
A palavra a “mastigar” hoje é a pergunta que Jesus dirigiu à irmã de Lázaro, diante do túmulo do irmão morto: “Tu crês?” Deixe de lado por um momento tudo o que você aprendeu de cor com o catecismo e que repete no Credo. Entre naquele âmbito secreto, onde estão só você e Deus. Pergunte-se: Eu creio? Eu acreditei realmente, pessoalmente, e não “por meio de um intermediário”, nem que seja a Igreja universal? São Paulo escreve que “com o coração se crê e com a boca se faz a profissão de fé”. A minha profissão de fé vem realmente do coração?
A fé abre horizontes novos; é a única capaz de dar resposta às perguntas eternas do homem e da mulher: “Quem sou? De onde venho? Aonde vou?”. A era eletrônica nos oferece uma imagem inédita da fé: a conexão com a internet. Abra a página do Google e estará conectado! Todo o mundo virtual se abre diante de você. Algo semelhante se obtém com a fé. Sem fios, sem custos. Uma breve oração, um simples movimento do coração, um olhar para a imagem de Jesus que você talvez tenha diante de si, sobre a mesa, e você está conectado! Conectado a um mundo não virtual, mas real. O único realmente real, porque eterno: porque é o mundo de Deus! Experimente e veja se estou dizendo a verdade!”
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
Créditos do Vídeo: Vatican News
A reflexão do Cardeal
A palavra de hoje a acolher é aquela que Jesus dirigiu à adúltera, depois que os seus acusadores foram embora: “Mulher, ninguém te condenou?” “Ninguém, Senhor.” “Eu também não te condeno. E a partir de agora, não peques mais!”. Cada um de nós, se examinar bem, perceberá que, ao lado dos muitos pecados que comete, há um diferente dos outros. Trata-se daquele pecado ao qual se é secretamente um pouco apegado, que se confessa, mas sem uma real vontade de dizer “chega!”.
Santo Agostinho, nas Confissões, nos descreve a sua luta para se libertar do pecado da sensualidade. Houve um momento em que rezava a Deus, dizendo: “Concede-me castidade e continência”. Porém, uma voz acrescentava: “Não imediatamente, Senhor!”. Chegou o momento em que ele gritou para si mesmo: “Por que amanhã”, amanhã? que em latim se diz “cras”. Por que este corvo que diz “cras”? Por que não agora? Foi suficiente que dissesse este “chega!” para se sentir livre. Que se deve fazer concretamente? Colocar-se por um instante na presença de Deus e dizer-Lhe: “Senhor, tu conheces bem a minha fragilidade. Confiando por isso unicamente na tua graça, eu te digo que, a partir de agora, quero dizer “chega” daquela satisfação, daquela liberdade, daquela amizade, daquele rancor, daquele subterfúgio financeiro, enfim, chega daquele pecado que eu e Tu conhecemos bem”. Venho para receber o teu perdão sacramental. Você poderá talvez recair. Poderemos talvez recair mais tarde, mas para Deus algo mudou: a sua liberdade se aliou a Ele. Vocês estão juntos agora a lutar contra o mesmo inimigo. Você verá quanto é mais belo viver livre da escravidão do pecado, em paz com Deus e consigo mesmo!
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
Créditos do Vídeo: Vatican News
5 – Quinta Pregação da Quaresma 2024 – Card. Raniero Cantalamessa – ZAQUEU, DESCE!
A reflexão do Cardeal
A palavra que nos acompanha hoje é aquela que Jesus dirigiu a Zaqueu, que subiu numa figueira para vê-Lo. Passando por ali, Jesus levantou o olhar e em tom de convite, não de repreensão, lhe disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje!”. Zaqueu sou eu que falo e Zaqueu é você que ouve. “Quero ficar em sua casa”, dito a nós, significa: Quero entrar na intimidade da sua vida. Não é suficiente encontrar você em meio à multidão, nem mesmo na Igreja. Evoquemos em nossa mente o convite do Papa Francisco no início da sua Evangelii Gaudium: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar”.
No que consiste este famoso “encontro pessoal” com Cristo? Eu digo que é como encontrar uma pessoa ao vivo, depois de tê-la conhecido por anos só em fotografia. Ajuda a entender a diferença, o que acontece no âmbito humano quando se passa do conhecer uma pessoa a se apaixonar por ela. Se você é um jovem ou uma jovem, é capaz de entender isso melhor do que ninguém. Não há senão a paixão que transforma realmente a vida. Seja aquela natural, seja aquela do espírito. E Jesus é um apaixonado que jamais desilude!
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
Créditos do Vídeo: Vatican News
6 – Sexta Pregação da Quaresma 2024 – Card. Raniero Cantalamessa – VÓS SEREIS MEUS AMIGOS!
A reflexão do Cardeal
A palavra que lhes ofereço hoje a “saborear” é uma palavra doce como o mel. Estou feliz em encerrar com ela porque assim continuará, espero, a ressoar dentro de vocês por um longo tempo. Jesus dirigiu esta palavra aos discípulos no momento de se despedir deles, mas, como toda palavra de Cristo, esta é destinada a cada discípulo, de todos os tempos: “Vós sereis meus amigos. Já não vos chamarei servos, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”.
“Vós sereis meus amigos!” Quero lhes fazer, a este propósito, uma pequena confidência. Num encontro de oração muitos anos atrás, uma mulher abriu a Bíblia e leu o trecho do Evangelho de João onde se encontra aquela palavra. Eu a tinha ouvido não sei quantas vezes, mas naquele momento a palavra “amigos” eclodiu, não encontro termo mais apto do que este, dentro de mim. Acontece com as palavras da Escritura, e somente com elas. E é sempre a mesma pessoa a acender o estopim: o Espírito Santo.
Comecei a repetir dentro de mim: “Amigo?!”, Jesus de Nazaré, o meu Senhor, o Onipotente, aquele que morreu por mim, me chamou de amigo e Ele jamais diz palavras vazias… Portanto, sou realmente para Ele um amigo, uma pessoa querida! Voltando ao meu convento do encontro, me parecia que com aquela certeza se poderia voar sobre os tetos da cidade, como se vê em certas pinturas de Chagall.
Queira o céu que aquela palavra “amigo” ecloda também dentro de você que está ouvindo e se ilumine toda a sua vida!
Boa Quaresma e, desde já, Boa Páscoa!
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