07.04.2024 – Chamado de Amor e Conversão de Santa Maria Crescencia Anna Hoss

Dados Biográficos de Santa Maria Crescencia Höss

( CAC-08.04.2024)

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Fonte da consulta:

https://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20011125_hoss_sp.html

Santa María Crescencia Höss(1682-1744)

Nasceu em 20 de outubro de 1682. Era filha de um modesto tecelão de lã da cidade de Kaufbeuren, que na época contava apenas dois mil e quinhentos habitantes, em sua maioria protestantes.

Na escola distinguiu-se por sua inteligência e sua devoção. Fez-se tecelã para ajudar seu pai, mas sua maior aspiração era ingressar no mosteiro franciscano de Kaufbeuren.

No entanto, a sua família era demasiado pobre para pagar o dote exigido, e só com a ajuda decisiva do alcaide protestante pode entrar finalmente, no convento.

Sua vida consagrada esteve sempre impregnada do amor alegre a Deus, com a preocupação fundamental de cumprir em tudo a sua santíssima vontade. Vivia uma alegre e profunda relação com Deus.

Sua intensa oração, mediante fervorosos colóquis com a Trindade, com a Virgem Maria e com os santos, desembocou muitas vezes em visões místicas, das quais só falava por obediência diante seus superiores eclesiásticos.

Desde sua infância orava muito e com fervor ao Espírito Santo, devoção que cultivou durante toda sua vida. Desejava que as pessoas vissem nele um caminho mais fácil para a vida espiritual.

Costuma-se representa-la sustendo a cruz com a mão direita, enquanto com a esquerda se dirige ao Salvador crucificado, pois durante toda sua vida predominou nela a contemplação e a devoção a Cristo em sua agonia, o que a levou a um grande espírito de sacrifício pessoal, exemplo do Salvador.

Sempre procurou fazer tudo por amor a Deus, a quem desejava glorificar pela fé, com obediência e humildade.

Suas experiências místicas não a afastavam do mundo real; pelo contrário, os seus olhos estavam bem abertos de par em par, às necessidades do próximo.

Certamente dedicava longos períodos de tempo à oração e à contemplação, mas durante grande parte de sua jornada entregava-se a socorrer os necessitados, nos quais via o próprio Cristo.

Durante muitos anos foi porteira do convento, cargo que aproveitou para aconselhar muitas pessoas e realizar um generoso labor de caridade.

Mais tarde, nomeada mestra de noviças, dedicou-se à formação espiritual das jovens irmãs para a vida monástica.

Em 1741 foi eleita superiora. Desempenhando esse cargo, dirigiu de modo sábio e prudente o mosteiro, tanto no campo espiritual como nos seus interesses seculares, melhorando a tal ponto a posição econômica, que, por mérito seu, o mosteiro pôde ajudar muitas pessoas com as suas esmolas.

Costumava enfatizar que sem amor aos demais, não poderia haver amor a Deus, e que “todo o bem que se fazia aos outros, era tributado a Deus, que se escondia nos maltrapilhos dos pobres”.

Considerava importante que também as mulheres se realizassem na vida religiosa. De modo constante e consciente para aumentar a fé de todos aqueles com quem teve contato, fazendo-lhes compreender qual era o caminho que deveriam seguir.

Por isso, para numerosas pessoas, tanto consagradas como leigas, foi guia espiritual e conselheira decisiva. Tinha a rara capacidade de reconhecer rapidamente os problemas e oferecer a solução adequada e razoável.

O príncipe herdeiro e arcebispo de Colônia, Clemente Augusto, a considerava uma guia de almas sábia e muito compreensiva das almas. Ficou tão cativado pela sua santidade que chegou a pedir ao Papa que a canonizasse imediatamente depois de sua morte.

Numerosas pessoas iam consultá-la em seu mosteiro, e para poder manter uma conversação com ela, estavam dispostas a esperar vários dias.

Eram milhares os que lhe escreviam, desde as regiões da Europa, de língua alemã, pedindo-lhe conselhos e ajuda, e recebendo sempre uma resposta adequada.

Graças a ela, o pequeno mosteiro de Kaufbeuren desempenhou um surpreendente e importante apostolado epistolar.

Imediatamente depois de sua morte, ocorrida em 5 de abril de 1744, domingo de Páscoa, as pessoas acudiram em grande número para visitar o seu túmulo na igreja do mosteiro, convencidas de encontrar-se diante de uma santa.

Kaufbeuren converteu-se em um famoso local de peregrinações na Europa. Esse fenômeno se verificou ininterruptamente desde a sua morte, e intensificou-se após a sua beatificação, realizada pelo Papa Leão XIII, em 7 de outubro de 1900.

Essa veneração permaneceu viva até hoje de forma surpreendente, não só entre os católicos, mas também entre as comunidades que surgiram da Reforma.

Homilía de Juan Pablo II 

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