Chamados de Amor e Conversão

11.03.2025 – Artigo: “Que Todas as Coisas Graves se Devem Suportar pela Vida Eterna” – Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

Ensinamentos extraídos da Obra Imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, Livro III, Capítulo 47

Dados da Obra Consultada:

Imitação de Cristo – com reflexões e orações de São Francisco de Sales – Tradução portuguesa confrontada com o manuscrito autógrafo de 1441, editado pelo Revmo. Pe. Fleury, por Frei Tomás Borgmeier, O.F.M. – Tradução das reflexões de São Francisco de Sales e demais orações e salmos, por Lúcia M. Endlich Orth – Petrópolis, RJ : Vozes, 2014. – (Série Clássicos da Espiritualidade) – Tomás de Kempis, 1380-1471 – Título original: l’imitation de Jésus-Christ

Jesus: Filho, não te deixes quebrantar pelos trabalhos empreendidos por meu amor, nem desanimes nas tribulações; mas em tudo que te suceder, te consolem e fortifiquem minhas promessas.

Sou assaz poderoso para te recompensar além de todo limite e medida. Não lidarás aqui muito tempo, nem sempre estarás acabrunhado de dores.

Espera um pouco e verás em breve o fim de teus males. Hora virá em que cessará todo trabalho e inquietação. É de pouco valor e duração o que passa com o tempo.

Faz o que podes fazer, trabalha fielmente em minha vinha, e “eu serei tua recompensa” (Gn 15,1).

Escreve, lê, canta, geme, cala, ora e sofre varonilmente toda adversidade; a vida eterna é digna dessas e outras maiores pelejas.

Virá a paz um dia que o Senhor sabe, e não haverá mais nem dia nem noite, como no presente, mas luz perpétua, claridade infinita, paz firme e seguro repouso. Não dirás então: Quem me livrará deste corpo de morte? (Rm 7,24), nem exclamarás: Ai de mim, que se tem prolongado o meu desterro (Sl 119,5).

Porque a morte será destruída e a salvação será eterna; livre de toda ansiedade, gozarás deliciosa alegria, em meio de agradável e brilhante companhia.

Oh! Se visses as coroas imarcescíveis dos santos no céu, e a glória em que já exultam aqueles que outrora, aos olhos do mundo, eram desprezados e reputados quase indignos da vida; com certeza, logo te humilharias até ao pó e desejarias antes obedecer a todos que a um só a mandar.

Nem cobiçarias os dias felizes desta vida, mas antes te alegrarias de ser atribulado por amor de Deus, e considerarias grande vantagem o ser tido por nada entre os homens.

Oh! Se achasses gosto nessas coisas e elas penetrassem profundamente no coração, como poderias ousar proferir uma só queixa?

Porventura haverá pena que não se deva sofrer pela vida eterna? Certo que não é pouco perder ou ganhar o Reino de Deus.

Ergue, pois, os olhos ao céu. Eis-me aqui com todos os meus santos; eles, que neste mundo sustentaram grandes combates, ora se rejubilam, ora estão consolados e estão seguros, ora gozam o repouso e permanecerão para sempre comigo no reino de meu Pai.

Considera a nobreza, a beleza e a quantidade de cidadãos e habitantes deste reino feliz: esses milhões e milhões de anjos, de querubins e serafins; esta turba de apóstolos, mártires, confessores, virgens e de santas mulheres.

A multidão é inumerável! E como é feliz esta companhia! O mínimo de todos é mais belo de ver que todo o mundo: o que será então vê-los todos?

Ó meu Deus, como eles são felizes! Cantam sempre o suave cântico do amor eterno; sempre gozam de uma constante alegria; reciprocamente se dão contentamentos indizíveis e vivem na consolação de uma feliz e indissolúvel sociedade.

Considera, enfim, o bem de todos eles, de gozar de Deus, que os gratifica eternamente com seu amável olhar, e através dele difunde em seus corações um abismo de delícias. Que bem é estar para sempre unido com seu princípio! (Introduction à la vie dévote, parte I, cap. XVI, I, 32).

E se durante esta vida já sentimos tanto prazer só com imaginar a felicidade eterna, qual não será o nosso prazer no gozo desta mesma felicidade!

Felicidade e glória que jamais terão fim, mas que durarão eternamente, sem que jamais possamos ser excluídos delas. Oh! Como esta certeza aumentará a nossa consolação!

Caminhemos, portanto, minhas caras almas, com alegria e felicidade, no meio das dificuldades desta vida passageira.

Aceitemos de braços abertos as mortificações, as penas e as aflições que encontramos no nosso caminho, pois temos certeza de que essas penas terão um fim e que elas terminarão no fim de nossa vida, depois da qual não haverá mais do que alegrias, contentamento e consolações eternas. Amém(Sermon pour le IIe dimanche de Carême, IV, 270).

Meu Senhor Jesus Cristo, único santificador e glorificador das almas, eu vos suplico, pelos méritos de vosso sangue precioso, que me concedais a graça eficaz de vos servir fielmente durante toda a minha vida, superando corajosamente todas as dificuldades que se apresentarão no caminho de vosso divino serviço, a fim de que eu mereça ser participante da mesma glória de que gozais no céu. Assim seja (Opusc., III, 149).

 

 

 PDF – A4 – Fonte 16 – fundo ouro

 

PDF – A4 – Fonte 12 – sem fundo

 


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